Lucca Willians
A Secretaria de Educação determinou nesta quinta-feira (09), que as escolas municipais devem retornar ao cumprimento do calendário acadêmico. A volta das atividades está programada para a próxima segunda-feira (13) e ocorrerá em modalidade à distância. O objetivo da medida é cumprir as 800 horas letivas que o Ministério da Educação exige das instituições de ensino.
Segundo a Secretária de Educação, Izabel Miziara, as atividades serão publicadas no site da Prefeitura e distribuídas pelos professores através dos canais de comunicação que estes mantém com os responsáveis pelos alunos.
Miziara esclareceu, em entrevista à Jovem Pan News, nesta manhã, que não haverão aulas à distância. O que ocorrerá, de fato, é a disponibilidade de atividades para que aqueles matriculados na rede municipal imprimam e realizem em suas casas.
Questionada sobre o acesso dos alunos a estes conteúdos, a secretária pontuou que as famílias com dificuldade para acessar à internet podem procurar a escola mais próxima de sua residência e solicitar a impressão dos mesmos.
A medida convoca, portanto, o retorno de professores e servidores de apoio às suas funções. Os professores ficarão responsáveis pela elaboração do conteúdo proposto e não estarão presentes nas escolas, já os servidores de apoio cumprirão seis horas de trabalho em escala de revezamento.
Para Renata Ribeiro, membro do Conselho Municipal de Educação e representante dos servidores de apoio no orgão, a convocação expõe os servidores à riscos.
"O Decreto especifica que as escolas só poderão entregar os materiais impressos às terças e quintas, com agendamento prévio. Nos outros três dias da semana, estes servidores não cumprirão suas funções nas unidades e a ida destes profissionais aos respectivos locais de trabalho servirá apenas para expor sua saúde, a de seus familiares e da população em geral por transitar pela cidade".
Segundo Renata, a maior preocupação é com a escassez de EPIs. A Conselheira pontua que faltam equipamentos de proteção até mesmo para os servidores da saúde e a convocação do efetivo da educação provocará uma sobrecarga na demanda dos EPIs.