Sesi Vôlei Bauru fez um bom jogo coletivo para vencer o Sesc Flamengo e empatar a série nos playoffs

A postura foi totalmente diferente. O jogo de ontem mostrou que a primeira partida do Sesi Vôlei Bauru nos playoffs foi muito abaixo do que a equipe poderia produzir. Com um bom jogo coletivo, a equipe venceu o acuado Sesc Flamengo por três sets a zero com facilidade.

Com o coletivo funcionando bem, o time bauruense teve muito volume de jogo e  simplesmente tomou conta da partida, não deixando as comandadas do técnico Bernardinho crescerem na partida.

E quando o coletivo funciona, as individualidades se sobressaem e fazem a diferença, algo que não aconteceu na primeira partida. 

Polina Rahimova, que fez um jogo pífio na semana passada, no jogo de ontem mostrou que pode ser uma jogadora decisiva. A oposta azeri chamou a responsabilidade, anotou 20 pontos e foi eleita a melhor jogadora da partida pelo público. A verdade é que Polina respondeu na bola as cobranças que foram feitas à ela na última quinta-feira.

Brenda Castillo foi outro destaque na partida. Passando na mão de Dani Lins e fazendo levantamentos precisos quando era necessário, a líbero dominicana fez a sua melhor exibição na temporada até então.

Outra jogadora que merece destaque é Dani Lins. A levantadora fez um partidaço na distribuição, trabalhando bem com todas as jogadoras e resolvia na bola de segunda quando o passe vinha espetado ou quando o Sesc Flamengo dava espaços na quadra.

Dobriana e Tiffany não comprometeram no passe e resolveram no ataque quando foram acionadas. As centrais Mara e Adenízia também fizeram o seu papel quando exigidas no ataque, inclusive com Mara atacando uma bola na saída de rede no improviso. 

Do lado do Sesc Flamengo, o que se viu foi um time acuado diante de um adversário que se impôs na partida. 

Se do lado bauruense as coisas funcionaram, do lado carioca o que se viu foi um time bem diferente do primeiro jogo. 

Ana Cristina fez uma partida abaixo do nível que já apresentou nessa temporada. Uma oscilação completamente normal para um jogadora de 16 anos e que é um diamante bruto a ser lapidado no voleibol nacional.

Lorenne teve bons lapsos durante o jogo, mas não foi decisiva, algo que se espera de uma jogadora com o talento que ela tem. Ainda assim, foi a maior pontuadora do Sesc Flamengo com 14 pontos.

A dupla de centrais Val e Juciely fez um bom jogo, somando 14 pontos em conjunto, mas nada que conseguisse fazer frente ao Sesi Bauru.

Com a série agora empatada em um a um, Sesi Vôlei Bauru e Sesc Flamengo jogam a vida na Superliga na próxima sexta-feira, 19,  às 19h no ginásio Hélio Maurício no Rio de Janeiro. Apesar do mando de quadra ser bauruense, o jogo vai acontecer no Rio de Janeiro devido ao decreto que proíbe atividades esportivas no estado de São Paulo.

Considerando tudo o que aconteceu nos dois jogos, não dá pra dizer que algo está definido. A disputa por uma das quatro vagas na semifinal da Superliga está totalmente em aberto, com ambas as equipes com condições de chegar lá.