Paulo Guedes diz que está confiante com a aprovação da reforma tributária e nega aumento de impostos

  • Lucca Willians

Ministro repete que governo não subirá impostos para controlar déficit fiscal e diz confiar em aprovação de reforma

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quinta-feira que o governo não irá aumentar impostos para reduzir o déficit fiscal. Ele lembrou que a arrecadação federal já cresceu 40% neste ano, devido à recuperação da economia.

"Não vamos subir os impostos, vamos controlar os gastos. Os impostos serão mantidos ou reduzidos. Vamos fechar o déficit com a recuperação econômica. A projeção de déficit neste ano já caiu R$ 100 bilhões. Quem sabe a gente cresce (a economia) 4% ou 4,5% no ano que vem e acabamos com o déficit", afirmou Guedes, em participação em evento realizado pela Coalizão Indústria.

A estimativa de rombo primário do Governo Central neste ano caiu de R$ 286 bilhões (3,5% do PIB) para R$ 187,7 bilhões (2,2% do PIB), de acordo com a nova grade de parâmetros do Ministério da Economia, divulgada na semana passada.

No evento da Coalização Indústria, o ministro da Economia disse que diversos economistas já estão prevendo um crescimento da economia brasileira superior a 4% em 2021. "Se isso acontecer, a relação dívida/PIB pode cair para 85%, ou seja, 15 pontos porcentuais abaixo do que se esperava", afirmou. Mais uma vez, Guedes, avaliou que a economia brasileira voltou em "V" e está em aceleração.

Reforma tributária

O ministro da Economia, Paulo Guedes, está confiante na aprovação da reforma tributária no Congresso. Ele informou que teve uma conversa muito boa sobre o assunto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, e que foi combinado que os impostos sobre a renda e o consumo vão para a Câmara e o passaporte tributário vai para o Senado. E que a previsão é que os dois temas sejam discutidos em cada Casa por 30 a 60 dias.

"Há uma boa perspectiva de fazermos uma reforma interessante e relativamente rápida, ou seja, este ano ainda. Estou bastante otimista com o andamento dessa reforma", disse o ministro. Segundo Guedes, o ideal seria uma reforma ampla, que é o que gostaria desde o início, "mas não às custas da União".

Com informações do Estadão Conteúdo.