Jamile Diniz
Em Bauru, o Circo Moscou, que chegou na cidade há cerca de um mês, tem enfrentado dificuldades para deixar o município. O objetivo, a princípio, era trabalhar e fazer mais espetáculos. Entretanto, com a reclassificação para a fase vermelha do Plano São Paulo, os membros têm percebido que a possibilidade de reabertura está cada vez mais distante.
Em entrevista à Jovem Pan News Bauru, Sandro Lima, que atua como relações públicas do circo, diz que a trupe chegou a Bauru no dia 20 de janeiro e só conseguiu se apresentar no fim de semana do dia 22. Depois disso, o município foi reclassificado para a fase vermelha e eles foram proibidos de funcionar. Os espetáculos do Moscou, que não recebe nenhuma forma de incentivo do governo, são a única fonte de renda dos mais de 50 integrantes da trupe.

Sem platéia: Moscou só se apresentou durante três dias e está parado há um mês. (Foto: Jamile Diniz)
Depois de um mês parados, os recursos financeiros angariados em apenas três dias de apresentações começaram a se tornar escassos e, sem a possibilidade de voltar a trabalhar, os membros decidiram partir para a próxima cidade: Araras. O trajeto com todos os membros, infraestrutura e caminhões, porém, tem o custo de R$8 mil, valor que o Moscou não detém depois de tantas semanas sem apresentações. Sandro conta que, atualmente, o circo precisa apenas do dinheiro para combustível, já que já recebeu cestas básicas.
Essa é a primeira vez que os integrantes passam por esse tipo de situação. Tradicional de famílias romenas e argentinas, esta é a 3ª geração do Moscou, que conta com palhaços, trapezistas, mágicos e diversas outras atrações. Aqueles que quiserem colaborar podem fazer doações através do PIX, com a chave (14) 99848-5441, em nome de Sandro Lima.