Lucca Willians
Na Sessão da Câmara de Bauru, o vereador Markinho Souza (PSDB) apontou, na última segunda-feira (15), possíveis contradições no depoimento do ex-presidente do DAE Eric Fabris à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura problemas na contratação, no projeto e na obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE Vargem Limpa).
A avaliação do parlamentar, que é líder da base governista no Legislativo, se dá a partir de falar do próprio engenheiro em Audiência Pública realizada na Câmara em agosto de 2017.
Na semana passada, à CEI, Fabris afirmou que o prefeito Clodoaldo Gazzetta, em março daquele ano, não acatou a sugestão técnica do Comitê Gestor das obras da ETE de suspender os trabalhos até que projeto executivo da estação fosse revisado.
Ainda segundo o ex-presidente do DAE, à época, não havia o risco de que o município perdesse o dinheiro federal empenhado para a construção; e que a decisão do chefe do Poder Executivo teria sido motivada exclusivamente por razões políticas.
Já na fala destacada da audiência por Markinho Souza, cinco meses depois, Eric fabris considera a possibilidade de a União “fechar a torneira” e não repassar o total de R$ 118 milhões pactuados.
O vereador também estranha o fato de o então presidente ter se mostrado confiante em concluir a obra da ETE em 18 meses a contar de agosto de 2017. “Não parece a mesma tranquilidade da fala da pessoa na CEI”, pontuou na Tribuna.
Outro ponto questionado por Markinho foi que, na audiência de quase três anos atrás, Eric Fabris teceu críticas à COM Engenharia, responsável pela construção da ETE.
Já à comissão de inquérito, o engenheiro elogiou a empresa.
Por fim, o parmaentar disse que pedirá ao DAE o apontamento do Comitê Gestor sobre os fatos mencionados por Fabris à CEI e também questionará se a empresa do ex-presidente presta serviços à COM Engenharia.