Vereadores formam grupo contra a privatização de departamentos públicos essenciais de Bauru

  • Jamile Diniz

(Foto: Luiz Pereira/Jovem Pan News Bauru)

Nesta terça-feira, um grupo de vereadores se organizou para formar a Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e de Qualidade. Composto por 11 parlamentares, o grupo se opõe a uma possível privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru, bem como a concessão de departamentos públicos essenciais do munícipio. A Frente Parlamentar se reuniu hoje em frente à sede da autarquia, onde, além de reafirmarem a posição defendida, os vereadores também se encontraram com o presidente da instituição, Marcos Saraiva.

Compõem a Frente Parlamentar a vereadora Estela Almagro (PT), Eduardo Borgo (PSL), Pastor Edson Miguel (Republicanos), Pastor Bira (Podemos), Markinho Souza (PSDB), Lokadora (PP), Julio Cesar (PP), Carlinhos do PS (PTB), Guilherme Berriel (MDB), Junior Rodrigues (PSD) e Beto Móveis (Cidadania).

Relembre o caso

No último dia 12, a prefeita Suéllen Rosim anunciou um pacote de medidas para atacar problemas estruturais de Bauru e otimizar as ações da prefeitura nos próximos anos. Na ocasião, a prefeita informou que será criado um Núcleo de Estudos e Concessões do qual farão parte a Secretarias de Obras, Administração, Finanças, Negócios Jurídicos, Desenvolvimento Econômico e o Gabinete.

Suéllen também anunciou a viabilidade de concessão dos serviços de água e esgoto, atualmente realizados pelo DAE. O objetivo era discutir a melhor saída para colocar fim aos problemas de falta d'água, demora na realização dos serviços e ao mesmo tempo gerar investimentos pra a cidade.

Já na Sessão Ordinária promovida nesta segunda-feira (19), outros parlamentares se manifestaram a respeito da questão. José Roberto Segalla (DEM) expressou apoio ao estudo da privatização da autarquia. "Não sou favorável à privatização, sou favorável ao estudo dessa possibilidade", disse o vereador.

Coronel Meira (PSL), por sua vez, afirmou que é importante destacar a diferença entre uma concessão e uma privatização, sendo que a concessão é uma medida temporária. O parlamentar pontuou a necessidade de reflexão sobre uma possível concessão e que talvez ela seja uma oportunidade para a cidade receber investimentos. Já Estela Almagro (PT) pontuou que – embora exista diferença – a concessão pode ser uma porta de abertura para uma futura privatização.

Na ocasião, Eduardo Borgo declarou que é contra a privatização dos serviços essenciais e que assim votará nas futuras discussões.

Revisado por Alexandre Pittoli