Jamile Diniz
Nesta terça-feira (30), um técnico de enfermagem foi preso em Bauru por importunar sexualmente uma mulher que estava no Hospital Estadual (HE) fazendo uma visita a uma paciente internada. Além dela, o homem – que é contratado de uma empresa terceirizada – teria feito outras quatro vítimas somente no último mês.
De acordo com a vítima – que estava sentada no saguão do hospital aguardando seus familiares – o técnico de enfermagem foi até o guarda-corpo, que fica no segundo andar e é transparente, colocou o órgão sexual para fora e começou a se masturbar.
Ela diz que o homem teria se posicionado de frente para ela e olhado fixamente em sua direção enquanto realizava o ato. A mulher, então, correu para o lado de fora do hospital para chamar um tio, que chegou a ver o técnico de enfermagem saindo do local e tentando disfarçar.
Logo em seguida, a vítima acionou a Polícia Militar e a diretoria do hospital, e, enquanto aguardava, relatou o episódio em um grupo de WhatsApp da família. Uma prima, então, contou que o mesmo teria acontecido com ela no dia anterior, quando também foi ao hospital.
O técnico de enfermagem foi preso em flagrante, sem direito à fiança, e encaminhado à Cadeia Pública de São Pedro do Turvo. No momento da prisão, ele teria dito "está feito, acabei com a minha vida", entretanto, em depoimento na delegacia afirmou que tudo não passava de um mal entendido.
Após a primeira denúncia, outras mulheres se sentiram encorajadas a falar, incluindo três funcionárias da instituição – duas enfermeiras e uma auxiliar de limpeza. À polícia, uma relatou ter visto o homem se masturbando no mesmo local, outra disse que, ao sair da UTI, viu o homem com o membro ereto para fora da calça. Já a terceira funcionária, afirma que ele também teria feito isso próximo à porta do banheiro masculino.
A Polícia Civil acredita que o técnico de enfermagem possa ter feito ainda mais vítimas e pede para que elas denunciem o ocorrido. Um pedido de conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva foi feito e, se condenado, o homem poderá cumprir pena de um a cinco anos de reclusão por cada crime.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse repudiar condutas desrespeitosas e criminosas por parte de qualquer profissional de saúde, além de afirmar que, ainda que seja solto, o funcionário será afastado de suas funções. O Hospital Estadual de Bauru também se colocou à disposição da polícia para prestar os esclarecimentos necessários.
Revisado por Alexandre Pittoli